sexta-feira, 9 de abril de 2010


Olhava pra ti e via o abismo do mundo.
Era a doçura, que de tão insuportável fazia cócegas na alma e trazia deslumbramento aos olhos. Era inexplicável e mágico assim como a existência das fadas que discutíamos no meio de tanta gente e ainda queríamos aparentar normalidade, tantas luzes, sim... elas existem.... e contrariando o Peter, elas não nasceram do sorriso da primeira criança, elas nasceram ( pra mim) do sorriso zombeteiro que escapou de teus lábios, se partindo em milhões... bilhões de fadas, e acendendo-se todas com as tuas palmas de “ acredito, acredito”.
Ah... (sempre começas bem com interjeições) e as borboletas que faziam alvoroço em meu estômago deixavam-me tonta, ou seria a tua voz de veludo antigo? Só vejo o moço mais estranho do mundo, sentado a minha frente enchendo a minha vida de estrelas. Sou uma garota que voltou a ver estrelas. Estrelas, estrelas, estrelas, zilhões de estrelas. Milhões de guizos. Milhões de estrelas que sorriem.
Você sempre volta pra mim. Quando acho que vou um dia cansar de ti, enjoar dessa nossa história doce e bobinha, ai vem o amor e essa coisa inexplicável que emana de você e que eu simplesmente não faço idéia do que seja, e revigora toda essa emoção. E eu olho pra ti e fico pensando como eu tenho sorte de ter te encontrado num mundo tão grande e com 6,5 bilhões de pessoas. Mas, a vida me pôs do teu lado. Sorte minha. As linhas e tudo o mais pode nos separar, mas têm fios invisíveis, cabos de aço eu diria, que me puxam pra você, involuntariamente, de ambas as partes.
É uma perdição voluntária, é um misto de congelar na tua presença e mesmo assim querer correr em disparada. É a vida me mostrando que é mais imprevisível que minhas longas listas de prioridades, é ela provando ser menos óbvia que as minhas crenças, preconceitos e teorias filosóficas. Eu que sempre tive sob controle o que eu sinto, ou achava que tinha.
Nem toda terapia do mundo, nem caixas e caixas de lexotan ou os conselhos dos amigos dizendo-me que eu não preciso de você, cada pedacinho de mim grita, que por mais feliz que eu seja ou mais completa e realizada comigo e com o mundo, a festa será sempre pela metade quando você se afasta dos meus olhos. Como diz uma das minhas musicas favoritas, “ só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você, só enquanto eu respirar” ...
Eu até posso ser como a Deyse disse: “Morta de cega” mas o que me ofusca é a claridade com que inundaste meu mundo escuro. E eu te gosto muito. E eu te espero, mesmo que você sempre se atrase.
Eu te amo. E mesmo que essa coisa, o amor, seja complicada de se explicar e extremamente complexa de se entender, pelas maneiras íngremes que aconteceu, aquele momento era de sonho (de valsa), e era simples... Simplíssimo. Eu te amo e ponto final.
Eu descobri que vale a pena ficar 2 horas te olhando mesmo perdendo minha aula de Lógica e todo o universo dos conectivos, premissas e conclusões. Eu sempre me apaixono por você, todas as vezes, que eu te vejo, e agora é a 46ª vez ( é.... eu tô contando).
Eu sei que somos incompreensíveis, logo, infinitos. E como, “ traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo, contar: olhei pra você fixamente por uns instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade”.
E mesmo que continuássemos conversando até o dia do Juízo Final, eu sinto que o tempo seria curtíssimo. E eu te amaria mesmo que você fosse a 936.363.771.301.135.124ª pessoa da terra.
Amava. Amo. Amarei.
Não é uma promessa... é uma profecia.



Lia Araújo

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