Deixe tudo como está.
Feche as portas, não pague as contas nem conte a ninguém.
Nada mais importa.
Agora você me tem, agora eu tenho você!
Caio.F'
terça-feira, 31 de agosto de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. (...) Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero o meu avesso.(...) Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.(...) Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos, quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto: e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo, loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Oscar Wilde
Oscar Wilde
Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida.”
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Em meio a tantas dúvidas encontrei a certeza de que nada era exato ao te amar. Entre tanta gente covarde eu tive a coragem de me entregar. Rodeado de amores medíocres eu ousei desejar o sublime. Então que ninguém me peça para desistir ou voltar se o que há na volta ainda é o que me fez partir. Se por acaso não há mais a gente, me diga, qual motivo eu tenho para não querer daqui embora ir? E veja o tanto que eu pedi. Eu desejei, eu implorei, eu me ofereci por inteiro a qualquer um por algum pedaço a menos de saudade. Mas ninguém nunca trouxe o seu abraço, ninguém nunca trouxe o seu cheiro, nenhum nunca teve o seu jeito, todos erraram onde você acertou e acertaram onde você errou, ninguém nunca trouxe o seu medo e também nunca pensou em levar de mim esse desejo. Só quem sente sente o que sente. Só quem sabe sabe o que sabe. Só a gente sente e sabe o que a gente viveu. Não me importa se o nome do que havia era amor, se era amizade ou se ainda estávamos no vazio complexo que habita entre os dois. Talvez se todos também pudessem sentir e saber haveria mais vida na vida, mais dia nos dias e mais corda nos corações desses tantos que já se esqueceram que precisam bater, que amar é viver, e que a recusa ao amor faz nascer aquelas estrelas que à noite todos esquecem de notar. Apesar de te amar eu gostaria que não houvesse amor, pelo menos que não houvesse o meu amor por você. Eu estava ao seu lado, você estava ao meu e isso bastava aos dois. Havia alegria, havia o gostar da companhia e de um estranho modo a gente se pertencia sem se comprometer, nos unia o compreender. Acho que era amizade. Mas teve que chegar ele, o amor, e bagunçar os desejos trazendo a necessidade do corresponder, para me fazer precisar de mais para sentir alegria, me fazer querer mais da tua companhia e o jeito que a gente era não era o mais o jeito que nos bastava. Se eu não te amasse seria ainda tudo igual, sabia? Eu gostaria de não gostar para que ainda fosse tudo igual, e o amor, o amor seria um detalhe que se esconderia entre nós. O amor seria o silêncio que me calava ao fim do abraço desejoso por você não me soltar. O amor seria o embrulho de cada presente que eu te dava desejoso por você notar. O amor seria o olhar que desviava ao te ver com outros desejoso por você ser feliz com cada um deles, mas reservar algum espaço na tua vida, um espaço qualquer no qual eu pudesse continuar. O amor estaria sempre onde o nunca o impedisse de se concretizar. É então que eu vejo que o amor sempre esteve lá e eu posso pensar que não era para ter sido, que pode dar um bom livro o amor do qual a vida nos livrou, que eu nunca te amei e parti, que você nunca foi um amigo de verdade e não se importou. Há várias possibilidades que eu posso me dizer agora para confortar a alma. E há tantos motivos aqui que eu não saberia por onde começar. Então, se eu te falo sobre te esquecer eu confesso, eu não te esqueci, eu desisti. E desistir é apenas um jeito de seguir em frente e lembrar do que não se pode ter. Eu voltarei, não sei de onde nem para onde, mas eu vou te procurar, meu amor, quando eu puder te chamar de "meu amigo", sem sentir que isso é pouco, sem que por isso haja dor. Até lá eu quero que você guarde todo dia um sorriso para mim e mesmo que eu não volte entregue a cada dia esse sorriso para o mundo e saiba que a vida pode sim ser feliz. E se eu não voltar, você já sabe o motivo, mas também saiba que eu vou recomeçar e encontrar algum jeito de a vida ser feliz sem a gente aqui comigo. Não que eu não seja feliz, mas eu vou achar um jeito de amar alguém de novo. Até lá - se assim for - meu amigo. Até nunca - se assim for - meu amor.
Quando nos despedimos era a hora certa. Você esperou meu choro, meu desespero, minha súplica e minha ligação, esperou por coisas que não vieram. Você estava pronto para me consolar, para dizer que eu tinha que ir em frente e deixá-lo, mas não esperava que eu já conhecesse o caminho, que já tivesse partido bem antes do adeus.
Preciso te contar o quanto estou incrívelmente feliz, o quanto o meu amor próprio superou as madrugadas longas, o quanto que me descobrir fez te esconder na memória, o quanto me permitir me fez mais interessante, o quanto fantástica posso ser e as pessoas que posso ter ao redor, que posso escolher e não ser a escolha. Eu escolho você. Te escolho para ser quem irá ficar me esperando do outro lada da linha, da ponte, da avenida. Te escolho e te coloco do lado oposto da minha opção pela alegria.
Te escolho não por maldade, por vingança ou por caridade, mas porque você me ensinou muitas coisas, e coisas boas, coisas que nem um inimigo me ensinaria. Por causa de você conheci meus limites e os desaprendi, e hoje não me permito a nada que seja menos do que a felicidade ou mais do que a sensatez. Você me ajudou a me tornar uma mulher mais forte e menos tempestuosa. Me ensinou a não ser cruel, quando me magoou. Me ensinou a como não permitir o descaso, quando te contava um sonho. Me ensinou como não enganar, quando optou por outros planos. Me ensinou a descobrir o quanto posso ser amada, quando teu cuidado era de outra face.
Hoje meu corpo tem outras mãos espalhadas, hoje meu caminhar é um convite, hoje meu olhar é uma armadilha, hoje minha lembrança é uma tortura, hoje minha companhia é para poucos, hoje meu cheiro é um abismo, hoje meus dedos são violinos, hoje meu riso é a felicidade, hoje meu plano aceita ser surpreendido. Hoje apenas me permito a certeza do que a incerteza me impõe.
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Cáh Morandi
"Hoje me deu vontade de agradecer à vida. Hoje percebi que devo agradecer todos os dias pelo sorriso sincero, o abraço apertado, o beijo de boa noite, o sermão escutado. É que hoje me deu vontade, involuntária/natural, de amar. Uma certa pressa de ser feliz e não perder um minuto se quer. Hoje eu amo, ontém eu amei. E o mais incrível é que vou amar amanhã."
Arthur Gouveia
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